Inúmeras vezes abordamos sobre as grandes mudanças que vivemos nos últimos meses. Com a necessidade de adaptação em busca de segurança, do cuidado com a nossa saúde, nossas vidas profissionais durante os últimos dois anos exigiram grande capacidade de resiliência.
Sabemos que a pandemia ainda é um fato na vida de muitos de nós. Contudo, é justo dizer que aprendemos novos padrões de comportamento e expectativas à medida que fazemos nosso trabalho. Os intitulados “trabalhadores do conhecimento” têm a prerrogativa da liberdade para escolher quando e onde trabalhar, então, esperançosamente, estamos aproveitando ao máximo a oportunidade para encontrar um equilíbrio melhor entre a vida pessoal e profissional.
De certo, apesar de toda mudança generalizada dos locais de trabalho centralizados há muitas profissões que essa ainda não é uma opção. Os trabalhadores da linha de frente em saúde, varejo, ensino, transporte e segurança – entre muitos outros setores – sofrem pouca influência no cotidiano do “local de trabalho híbrido”. Mas é pouco provável que eles resistam imunes por outras tendências que estão por vir, já que a tecnologia abre a oportunidades de explorar novas formas de trabalhar e continua a redefinir o relacionamento entre nós e nossos ambientes de trabalho.
Inteligência artificial (IA)
A inteligência artificial vem de forma tempestiva como tendência, segundo o Fórum Econômico Mundial espera-se que a inteligência artificial e a automação levem à criação de 97 milhões de novos empregos até 2025. Todavia, as pessoas que trabalham em muitos empregos existentes também verão suas funções mudando. Isso acontecerá pois cada vez mais espera-se que as organizações aumentem suas próprias habilidades com a tecnologia de IA.
A IA, de forma inicial, será usada principalmente, para automatizar elementos repetitivos de suas funções do dia a dia e permitir que os trabalhadores se concentrem em áreas que somente os humanos poderão ocupar, como, por exemplo, as áreas criativas, a imaginação, a estratégia de alto nível ou a inteligência emocional. Alguns recursos da IA incluem possibilidades de advogados que usarão tecnologia que reduz o tempo gasto na revisão de históricos de casos a fim de encontrar precedentes e médicos que terão recursos de visão computacional para ajudá-los a analisar registros e exames para, os auxiliando a diagnosticar doenças em pacientes.
No varejo, a IA poderá encurtar o tempo entre saber o que o cliente quer comprar assim que entrar pela porta. Já a análise aumentada poderá ajudar os gerentes de loja com planejamento de estoque e logística.
Menos funções, mais habilidades
Segundo Gartner “Para construir a força de trabalho necessária no pós-pandemia, concentre-se menos nas funções – que agrupam habilidades não relacionadas – e mais nas habilidades necessárias para impulsionar a vantagem competitiva da organização e os fluxos de trabalho que alimentam essa vantagem.”
As habilidades são exigentes por abordar os principais desafios do negócio, compilando as competências necessárias na força de trabalho para superar os desafios. As funções, por sua vez, são individuais e se relacionam como uma força de trabalho estruturada e hierárquica. A tendência de gestão vem há algum tempo trazendo um novo cenário em relação às estruturas organizacionais, destacando a forma horizontal e plana de gerência, confrontando estritamente a organização das hierarquias e subordinação direta onde a abordagem é realizada por cadeia de comando para resolução de problemas.
Ao colocar a luz nas habilidades, as empresas abordam a resolução de problemas e respostas às questões como a chave para impulsionar a inovação e o sucesso na era da informação. Essa é uma forte tendência tanto para organizações, quanto para trabalhadores durante 2022.
A maior das habilidades
Antes da pandemia, de forma ampla a preocupação era contratar funcionários que criassem organizações eficientes e produtivas. Durante a crise sanitária e na pós-pandemia, o foco mudou firmemente na busca pela capacidade de resiliência. Possuir habilidades sobrepostas ou repetitivas, em um passado recente, podem ter sido encaradas como algo ineficiente, hoje elas são vistas como uma precaução sensata.
Por consequência dessa mudança de busca, instaurou-se uma subtendência, os gestores estão começando a observar a importância de incluir estratégias de saúde e bem-estar, inclusive a saúde mental, em seu planejamento. A preocupação organizacional vem mostrando interesse e maior comprometimento em ajudar sua força de trabalho a manter o bem-estar físico, mental e financeiro. O desafio para que seja alcançado esse objetivo em 2022 é encontrar equilíbrio na maneira de fazer isso de forma que atinjam seus interesses sem serem excessivamente intrusivos ou invasivos na privacidade e na vida pessoal dos funcionários.
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Uma equipe saudável é claramente um elemento crítico de resiliência, mas também abrange a implementação de processos mais flexíveis, com redundâncias integradas para fornecer cobertura quando ocorre um desastre, resultando em comprometimento da eficiência operacional. Esses processos certamente desempenharam um papel cada vez mais importante na vida cotidiana dos trabalhadores à medida que avançamos em 2022.
Monitoramento dos funcionários
Os empregadores e gestores estão cada vez mais investindo em tecnologia projetada para monitorar e rastrear o comportamento de seus funcionários a fim de aumentar a eficiência. Muito se espera da reação dos profissionais ao saberem do monitoramento, a prática pode ser julgada como autoritária ou intrusiva.
No entanto, em sua maioria, a ideia é usá-los para obter amplos pontos de vista sobre o comportamento da força de trabalho, em vez de focar nas atividades de observar os indivíduos e impor a disciplina. Software como o Evertrack propicia identificar os gargalos existentes, propor alternativas e estratégias para melhorias e entender a realidade dos colaboradores. Os relatórios on-line com dados de produtividade por equipe e colaboradores ajudam a realizar análises, identificando pontos de melhoria.
Além dos dados para gerenciais que instruem a melhor a análise da carga de trabalho, evitando o burnout dos colaboradores e melhorando a saúde mental da equipe.
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