Pode-se dizer que o significado de sucesso é subjetivo e leva a uma diversidade de significados. Durante longo período, a sociedade conceituou o sucesso profissional como o cargo ocupado e o salário oferecido, porém esse conceito de sucesso vem dando sinais de mudança. O sucesso profissional para muitos agora é encontrar a felicidade em suas vidas.
Talvez uma das manifestações mais claras dessa tendência seja o fato da grande parte da força de trabalho atual priorizar o bem-estar (físico e mental) em vez de grandes salários, grandes conquistas e cargos de alta patente.
Basta lembrarmos do episódio envolvendo a ginasta Simone Biles, inclusa no top 10 das maiores campeãs olímpicas da ginástica artística, que decidiu não competir em diversas finais olímpicas em Tóquio porque não se sentiu bem e priorizou cuidar da sua saúde mental.
Essa é uma mudança mais ampla que está se tornando cada vez mais evidente em uma infinidade de setores e que a pandemia Covid-19 sem dúvida catalisou. Esta tendência chama atenção principalmente nos trabalhadores mais jovens. Para os jovens brasileiros da geração Z (com 21 anos ou menos), ganhar bem ou ter um cargo de chefia dentro de uma empresa não é mais uma definição do que é ser bem sucedido, 60% deles já considera ter sucesso em suas carreiras.
O Brasil ficou atrás apenas dos Emirados Árabes Unidos, com 69% dos respondentes se colocando como sucedidos na pesquisa global do LinkedIn com a consultoria YouGov. Feito no ano passado, o estudo teve mais de 18 mil participantes de 16 países.
Devido a acontecimentos históricos, crises, insegurança e incertezas, as novas gerações tem se manifestado menos idealista e mais pragmática, eles almejam atuar em empresas que possuam um propósito claro e que lhes possibilitem se conectarem de alguma forma e devolver algo para a sociedade.
Muitos jovens dessa nova geração vem demonstrando que a prioridade é ser feliz e com isso o modelo de trabalho “tradicional” não se encaixa mais no que se acredita ser o caminho para o sucesso. Manter o equilíbrio entre a vida pessoal e o trabalho, ter uma vida saudável e com qualidade é a nova meta, para isso mostra-se necessário uma nova configuração do mercado.
As organizações que desejam atrair e reter novos talentos devem repensar radicalmente o modelo apresentado e estar pronta para se adaptar.
Como um contingente tão considerável da força de trabalho parece estar reconsiderando suas prioridades na vida e no trabalho, nossa atitude coletiva em relação ao estereótipo de sucesso profissional parece estar mudando também. Tornou-se mais socialmente aceitável admitir querer mais da vida do que muito dinheiro e status.
As empresas devem se perguntar que valor um funcionário pode derivar de trabalhar para aquela empresa em particular, além de seu pacote de remuneração e benefícios.
Ressignificar a compreensão do que significa ambição e sucesso na carreira em favor da proteção da saúde mental e do bem-estar pode, sem dúvida, ser vantajoso, mas cada decisão que tomamos deve ser prática e enraizada na compreensão de nossos compromissos pessoais e financeiros ao longo de nossas vidas.
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É certo que o mundo vem sofrendo grandes mudanças e estar de olho nas tendências sociais e profissionais poderá ser determinante no seu sucesso, seja qual for sua ideia sobre ele.
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