O maior sonho dentro da vida profissional pode ser alcançado, porém, junto com ele pode vir alguns ônus inesperados. Ser promovido e ter um aumento de salário é o que muitos profissionais almejam, mas ao conquistar esse objetivo, alguns jovens vêm percebendo que uma função de gerenciamento intermediário pode trazer o sentimento de sobrecarga chegando à exaustão física e mental.
O trabalho que antes era cativante após a promoção pode virar uma luta diária. A gerência intermediária pode ser uma tarefa difícil, alternando constantemente entre supervisores acima e supervisionados abaixo. Pode ser isolante e desgastante; uma pesquisa da Columbia University em 2015 revelou que 18% dos gerentes de nível médio relataram sintomas de depressão, em comparação com 12% para trabalhadores operacionais e 11% para proprietários e executivos.
Crescer em uma cultura que glamouriza o excesso de trabalho, faz com que os funcionários mais jovens, que estão assumindo o cargo pela primeira vez, queiram se provar a todo momento e muitas vezes lutam para encontrar seu lugar na dinâmica de trabalho. A gerência intermediária, por definição, exige que desempenhem funções duplas, assumindo a responsabilidade pelos funcionários que trabalham sob sua supervisão e, ao mesmo tempo, prestando contas aos que estão acima deles.
Há muita pressão para ter um bom desempenho, ser jovem e estar na gestão por vezes pode implicar em uma comunicação ruidosa, uma vez que a maioria das pessoas com quem esses jovens gestores trabalham são muito mais velhas.
A conquista do cargo requer boas habilidades de liderança, mas também há medo de ser muito assertivo ou dominante com colaboradores da mesma idade ou subordinados.
Este é o “aperto” da média gerência, diz Jacob Hirsh, professor associado de comportamento organizacional da Universidade de Toronto. E embora seja estressante descobrir como lidar com os problemas dos funcionários e, ao mesmo tempo, aplicar as políticas da alta administração, também é fundamental para um ambiente de trabalho saudável. “É uma posição necessária”, diz ele, “mas é uma posição estruturalmente difícil”.
A causa da sensação de isolamento por estar no meio é devida, por vezes, ao fato de não ter uma equipe de gestão com a qual trabalhar e sim relatar para superiores e subordinados. Os subordinados diretos em grande parte tem uns aos outros com quem conversar sobre o que quer que estivessem passando.
Também é difícil ser a pessoa que estabelece políticas ou atribui tarefas, por um lado, a alta administração está dizendo, “aqui está o que precisamos fazer”, mas sendo o gestor de nível médio veem o que está acontecendo com seus funcionários e, é claro, é preciso assumir algum nível de responsabilidade. Contudo, uma vez ignorados, a força de trabalho pode se esgotar e isso prejudicará os resultados financeiros e produtividade.
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Apesar de todas as questões levantadas, aqui vem uma ótima notícia, existem maneiras de reduzir o estresse da posição.
Os limites são vitais, monitorar e evitar o excesso de trabalho é fundamental. Os membros da alta administração também podem ajudar, garantindo que os gerentes de nível médio tenham liberdade para gerenciar suas equipes da maneira que acharem melhor, o que pode ajudá-los a forjar sua própria identidade como gerentes.
Definir expectativas claras é importante, perceber a produtividade em vez da execução da tarefa podem ser pequenos ajustes que irão ajudar a reduzir o estresse.
No entanto, também é saudável reconhecer que às vezes a gestão não é para todos. As organizações podem abordar melhor seus funcionários encontrando maneiras de criar caminhos para identificação das melhores habilidades pessoais, assim evita-se que seja exigido que um peixe aprenda a andar de bicicleta.
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