5 atitudes nas empresas que afastam os talentos
Falar sobre chefe talvez seja o ponto comum de todas as profissões e na maioria das vezes o que se ouve são queixas sobre não serem reconhecidos, recompensados e por aí vai. Não é à toa que o conceito de chefe está sendo abolido, espera-se encontrar grandes líderes e não mais aquela figura autoritária e engessada.
A maior diferença entre esses dois conceitos está ligada à relação de poder, enquanto o chefe representa relação de poder autocrático com seus subordinados, o líder exerce uma relação de poder democrático com qualquer pessoa, mesmo que o próprio líder seja o último da hierarquia.
Se o chefe tem a necessidade de mandar, cobrar e pressionar os seus subordinados a concluírem o seu trabalho, o líder inverte essa lógica e acompanha de perto todo o processo com as pessoas ao seu redor. Ao falarmos de colaboradores temos que ter em mente uma boa gestão de pessoas, e vale a seguinte reflexão “Quais são os primeiros sinais de que sua gestão de pessoas está afastando esses talentos e comprometendo seu sucesso?”
Na prática, quais ações podem afastar os talentos do seu negócio sem que você nem perceba? Veja os 5 maiores motivos que respondem essa pergunta.
O ciúmes organizacional
Chamamos de ciúmes organizacional o fenômeno onde um colaborador, ao se destacar técnica ou profissionalmente, gera inveja no chefe, que tenta desmerecê-lo a todo custo.
O chefe por sua vez tende a ficar menos disponível ao funcionário talentoso, tentando provar como ele não é nada de mais. Evidentemente, essa atitude só tem a subtrair no ambiente corporativo e gera consequências desastrosas: o funcionário perde confiança no chefe e acaba saindo da empresa. Nela, ficam apenas os que não desafiam a capacidade do chefe e, portanto, não trazem inovações ao negócio.
Olhos vendados
Colaboradores dedicados frustram-se com a falta de reconhecimento. Embora o tratamento geral deva ser equitativo, é crucial que a política de reconhecimento diferencie os excepcionais dos regulares, evitando injustiças.
“Se você remunera o empregado talentoso da mesma maneira; dedica a mesma quantidade de tempo; e faz o mesmo tipo de avaliação do que a de qualquer funcionário, você não está desenvolvendo a mentalidade de alta performance do seu funcionário”, explica Roncati, da People+Strategy.
Não é necessário ir muito a fundo, a falta de reconhecimento está nas atitudes mais simples. Políticas engessadas e a visão de colaboradores apenas como números afastam profissionais. Eles buscam reconhecimento por suas peculiaridades e pelo impacto no desempenho; a falta dessa percepção é extremamente frustrante.
“A partir do momento em que o líder tem essa postura, o funcionário percebe que pode ser descartado a qualquer momento e resolve sair da empresa”, explica Sulamita Mendes, do Centro Europeu. “O líder tem que saber quem são seus liderados – desde seus pontos fortes e fracos até o entendimento dos limites de trabalho de cada um. Assim, ele atua ao lado de todos e identifica os mais capacitados.”
Ignorar as diversas formas de talento
Outra atitude que repele grandes talentos é fundar o reconhecimento apenas por aquilo que o funcionário mostra nas aparências. Talentos se manifestam de diversas maneiras: alguns se destacam pela capacidade de relacionamento, enquanto outros contribuem com habilidades mais técnicas para a empresa.
Saber potencializar os diversos talentos dos colaboradores é uma função da liderança. O chefe, por outro lado, irá se esquecer das contribuições dos funcionários mais técnicos e se ater apenas aquele que sabe usar qualidade social.
“É um grande erro ter uma empresa que se reconhece apenas pelas relações sociais: há pessoas talentosas, mas que não possuem capacidade de relacionamento. Se ninguém as ajuda a fazer contatos no meio da carreira, elas acabam não sendo reconhecidas na empresa e pedem as contas”, explica Roncati.
O poder ligado ao grito
Discutimos anteriormente o conceito de um líder e do chefe, uma das característica do chefe que afasta qualquer pessoa – e principalmente os talentosos – é aquela que se impõe por meio de atitudes autoritárias e monocráticas. Essa forma de gestão afasta todos e acaba fazendo com que procurem outras oportunidades. É válido sempre ter em mente que, não é porque é dono ou chefia de uma empresa que existe o direito de ser rude com seus funcionários.
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Ao ler esse parágrafo pode surgir uma pergunta: “Como tomar as rédeas do meu negócio sem ser considerado autoritário? Sulamita, do Centro Europeu, ressalta a diferença entre ser um chefe “valentão” e um líder firme. “Esse chefe quer consegue o resultado por um abuso, desrespeitando e humilhando seus funcionário. Já o líder pode até ser firme, porque alguns momentos da empresa pedem isso, mas ele enxerga a empresa, e não o seu próprio ego.”
Falta de escuta ativa
Por falar em ego, ser um chefe totalmente fechado a ouvir sugestões, preocupações e reclamações dos colaboradores, irá, com certeza colocar sua gestão em cheque. Um gestor que sabe ter uma escuta ativa vê como oportunidade para crescimento circular pela empresa e conversar com seus funcionários, um pouco a cada dia. Se o empreendedor acha que sabe tudo, por ser o criador do negócio, deixará de enxergar que outras pessoas também ajudam a empresa a crescer e que diariamente lida com áreas fundamentais da estrutura organizacional.
Ouvir a todos não é só uma forma de reconhecimento como também pode fazer enxergar gargalos e pontos sensíveis da organização.
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